Galaxy S24 impulsiona faturamento da Samsung no primeiro trimestre

A Samsung divulgou, nesta terça-feira (30), seus resultados no primeiro trimestre de 2024. Graças à linha Galaxy S24, a sul-coreana registrou receita consolidada de cerca de US$ 51 bilhões (R$ 264,94 bilhões, na conversão direta), aumento de 13% ante 2023.

Já seu lucro operacional foi de em torno de US$ 4 bilhões (R$ 20,77 bilhões), informa o Android Police. A CNN apontou que houve o lucro do mesmo período em 2023 foi de US$ 460 milhões (R$ 2,38 bilhões), o maior desde o terceiro trimestre de 2022. Ou seja, incrível aumento de 769,56%. Os resultados fizeram as ações da companhia subirem 1,8% nesta terça-feira (30).

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Contudo, a empresa afirmou que não somente os Galaxy S24 fizeram tamanha diferença em seus números, mas, também, a crescente demanda por memória de alta largura de banda e demais produtos similares avançados.

Por conta disso, a Samsung já informou que seguirá fabricando os componentes exigidos por essas memórias e similares. Uma “cliente” desse tipo de tecnologia é a inteligência artificial (IA) generativa, o que pode indicar a razão pela qual a demanda vem crescendo tanto.

A exemplo, a sul-coreana quer começar a fabricar um produto baseado em 1b nanômetro 32 GB DDR5 no próximo trimestre. Com a mudança de direção para fabricar esses tipos de dispositivos, a empresa está otimista quanto a seus números do segundo trimestre.

Galaxy S24 ajudaram Samsung a lucrar mais no primeiro trimestre

• Conforme dados da Counterpoint Research, as vendas do Samsung Galaxy S24 subiram 8% em relação ao seu antecessor, o S23, nas primeiras três semanas;
• O aumento de vendas, nos Estados Unidos, foi de 14%;
• Já na Europa, em Reino Unido, Alemanha e França, as vendas do smartphone superaram seu antecessor em 28%;
• A Samsung informou ainda que, este mês, começou a produzir em massa os mais recentes chips HBM para utilização da IA generativa.

Além de focar nas memórias de alto desempenho, a Samsung deve se concentrar também nos segmentos automotivo/TI e telas flexíveis.

A companhia disse também que vai aumentar a oferta de unidades de estado sólido para servidores de IA, esperando ainda que o fornecimento de chips de memória de última geração se torne mais restrito no fim do ano, dada a capacidade focada na HBM.

Divisão de chips

No segmento de chips, que sempre foi o negócio mais lucrativo da companhia, respondendo por dois terços de seu lucro operacional, o ganho foi de US$ 1,4 bilhão (R$ 7,27 bilhões), ante perda de US$ 3,3 bilhões (R$ 17,14 bilhões). Este foi o primeiro lucro desde o terceiro trimestre de 2022.

Antes da divulgação dos resultados, as ações da empresa haviam caído 0,8%, ficando atrás da rival em chips de ponta, a SK Hynix, com ganho de 24%.

Em teleconferência, Jaejune Kim, vice-presidente da Samsung responsável pela divisão de memória, visou tranquilizar os investidores. “Planejamos aumentar a oferta de chips relacionados à HBM em 2024 em mais de três vezes em relação ao ano passado.”

Com a produção dos novos HBM, a empresa quer capitalizar o boom da IA do qual se aproveitou a SK Hynix, até então, a única fornecedora de HBM3 para a Nvidia.

Até o fim do ano, a empresa espera que seus produtos HBM3E recentes respondam a dois terços de sua produção HBM e planeja iniciar a fabricação da versão de 12 camadas durante o segundo trimestre.

Analistas, contudo, entendem que tais metas são agressivas. Quanto à preferência da Nvidia, Jeff Kim, chefe de pesquisa da KB Securities, entende que o HBM3E de oito camadas da Samsung é o favorito da empresa de chips gráficos, enquanto o de 12 camadas pode ser escolhido tanto pela companhia, como por sua rival, a AMD.

Como a tecnologia da Samsung é vantajosa para empilhamento alto, enquanto a SK Hynix tem suas vantagens nas oito camadas, pode haver segmentação onde a Nvidia obtém produtos de 12 camadas da Samsung e a maioria dos produtos de oito camadas da SK Hynix. A Samsung está trabalhando duro para melhorar o rendimento de seu produto de 12 camadas. Jeff Kim, chefe de pesquisa da KB Securities

Mais números da Samsung no primeiro trimestre

A divisão de chips de memória teve aumento de 96% em sua receita, para US$ 13 bilhões (R$ 67,53 bilhões), conforme os preços subiam bastante após grave recessão. Isso se deu, em parte, por conta do boom da IA.

Já o negócio de dispositivos móveis da sul-coreana (leia-se Galaxy S24, sobretudo) obteve lucro operacional de US$ 2,5 bilhões (R$ 12,2 bilhões), inferior ao ano passado, quando o resultado foi de US$ 2,8 bilhões (R$ 1,45 bilhões). Vale ressaltar que o setor possui diversos outros produtos além do S24, com outros modelos de smartphones, tablets, vestíveis, entre outros.

Foram vendidos pela Samsung cerca de 60 milhões de smartphones no período, alinhado ao ano passado, mas que permitiu à empresa destronar a Apple como maior fornecedora desses dispositivos no mundo todo.

Além disso, mesmo que a empresa aponte o S24 como grande impulsionador de seus lucros maiores este ano, as margens de lucro dos principais modelos topo de linha foram prejudicadas, em especial pelo aumento dos custos, como o dos preços de chips de memória.

A empresa detalhou ainda que o que impulsionou as vendas do S24 em relação ao S23 pouco mais de um ano atrás foi a presença do Galaxy AI, conjunto de ferramentas de IA da Samsung que balizam o atual topo de linha da marca e que já está sendo expandido para mais modelos.

Segundo a Samsung, cerca de 50% dos clientes que optaram pelo S24 disseram adquiri-lo justamente por conta do Galaxy AI, enquanto 60% usavam a tecnologia regularmente.

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